SE O TEMPO FOSSE OURO..., TALVEZ PUDESSES PERDÊ-LO. - MAS O TEMPO É VIDA, E TU NÃO SABES QUANTA TE RESTA.

sábado, 20 de setembro de 2014

Eichmann em Jerusalém - a Irreflexão e a banalidade do mal

“É verdade que o contar histórias revela o sentido sem 
cometer o erro de defini-lo, realiza o acordo e a reconciliação 
com as coisas tais como realmente são”.

Hannah Arendt





"A história de toda a sociedade até agora existente é a história de lutas de classes. O homem livre e o escravo, o patrício e o plebeu, o barão feudal e o servo, o mestre de uma corporação e o oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante antagonismo entre si, travaram uma luta ininterrupta, umas vezes oculta, aberta outras, que acabou sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com o declínio comum das classes em conflito...” – Karl Marx


“Nós queremos, um dia, não mais ver classes nem castas; portanto comecem já a erradicar isso em vocês mesmos. Nós queremos, um dia, ver no Reich uma só peça, e vocês devem já se educar nesse sentido. Nós queremos que esse povo seja, um dia, obediente, e vocês devem treinar essa obediência. Nós queremos que esse povo seja, um dia, pacífico, mas valoroso, e vocês devem ser pacíficos.” – Adolf Hitler




"COMENTÁRIO: na parte da economia, tenho certeza que alguém discordaria, recorrendo ao falso argumento de que os nazistas eram "capitalistas". Isso é tão falso quanto a ideia de que a burguesia alemã botou o Hitler no poder.

No nazismo, o que se convencionou chamar de "neoliberalismo" simplesmente não existia. O ESTADO MÍNIMO é uma prática contrária ao nazismo, pois para controlar a sociedade ao máximo, a elite governista nacional-socialista precisava centralizar ao máximo a economia. Claro que algum retardado "politizado" dirá que no comunismo a centralização era total, o que significaria uma diferença fundamental entre as duas ideologias, mas é preciso entender que os nazistas simplesmente não viam sentido em estatizar tudo, apenas uma grande parte, e nisso eles foram inteligentes, pois ao evitarem um controle total, evitaram os problemas típicos da economia planificada soviética."

Até o conceito de propriedade privada no nazismo é diferente do capitalismo. No capitalismo a propriedade privada é um direito do indivíduo, no nazismo é uma concessão estatal, ou seja, algo que o governo deixa você ter. No caso específico da Alemanha hitlerista, a concessão estava baseada em questões raciais. Basta dizer que os judeus (muitos deles ricos, aliás), perderam tudo o que tinham.

Quanto a burguesia alemã, ela só aderiu ao nazismo quando já era tarde demais para reverter a situaçãoDesde o início, foi no proletariado e no lumpemproletariado que Hitler recrutou a maior parte dos seus seguidores.


fonte: http://peruibenastrevas.blogspot.com.br/2013/04/diferencas-essenciais-entre-nazismo-e.html




A SOLUÇAO FINAL


https://www.youtube.com/watch?v=LoUjSeqyXzg

Um filme baseado nas confissões finais feitas por Adolf Eichmann, antes de sua execução em Israel. Capturado pelo serviço secreto da Argentina quinze anos após o final da Segunda Guerra Mundial, Eichmann, era o homem mais procurado do mundo. Em suas confissões Eichmann relata que foi o arquiteto do plano chamado de Solução Final de Hitler. Enquanto todos aguardavam pela condenação do executor chefe nazista, o capitão israelense Avner Less, cujo próprio pai falecera em um campo de concentração é o responsável pela dura tarefa de arrancar toda a verdade de Eichmann. 



sugestão de leitura 
Irreflexão e a banalidade do mal no pensamento de Hannah Arendt
http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/89/A5.pdf

segunda-feira, 31 de março de 2014

IDADE MÉDIA - 1 ANO





 1) ATIVIDADE - EM GRUPO - CONFORME INSTRUÇÃO NO CADERNO
assista  essa série  (vídeo completo - no youtube você encontrará  este vídeo dividido em temas)
http://www.youtube.com/watch?v=ng8dume3V6k

e faça as apresentações na lousa  com base no vídeo do Prof. Thomas Woods, doutor pela Universidade de Columbia, que mostra como toda a Civilização Ocidental nasceu e se desenvolveu apoiada nos valores e ensinamentos da Igreja Católica. Em concreto explica, entre muitas outras coisas:

• Por que o milagre da ciência moderna e de uma filosofia que levou a razão à sua plenitude só puderam nascer sobre o solo da mentalidade católica;

• Como a Igreja criou uma instituição que mudou o mundo: a Universidade;

• Como ela nos deu uma arquitetura e umas artes plásticas de beleza incomparável;

• Como os filósofos escolásticos desenvolveram os conceitos básicos da economia moderna, que trouxe para o Ocidente uma riqueza sem precedentes;

• Como o nosso Direito, garantia da liberdade e da justiça, nasceu em ampla medida do Direito canônico;

• Como a Igreja criou praticamente todas as instituições de assistência que conhecemos, dos hospitais à previdência;

• Como humanizou a vida, ao insistir durante séculos nos direitos universais do ser humano – tanto dos cristão como dos pagãos – e na sacralidade de cada pessoa.



1. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Introdução - números 1-4
https://www.youtube.com/watch?v=jckNECSuiHE

2. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Igreja e Ciência- números 5-8

3. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Os monges- números 9-12

4. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Padres como pioneiros da ciência - números 13- 16

5. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - O Caso Galileu - números 17 - 20

https://www.youtube.com/watch?v=w6hO7k2R5FE
6. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - O Sistema Universitário 
- números 21 - 24

https://www.youtube.com/watch?v=np5-8R_CX9Q
7.  A Igreja Católica: Construtora da Civilização - A Moralidade Ocidental 
- números 25 -  28

https://www.youtube.com/watch?v=k1WSLX5GeOk
8. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - O Conceito de Direito 
- números 29 - 32

https://www.youtube.com/watch?v=uAXXYSCHLZo
9. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - As origens do Direito Internacional
- números  33 -  36

https://www.youtube.com/watch?v=NCtDnXY5bjg 

10. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - A Caridade Católica - números 37-  40

https://www.youtube.com/watch?v=3Am14lIF19M
11. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Atrocidades anticatólicas 
- números restantes 

12. A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Deus existe? - números

13. Recapitulação

 https://www.youtube.com/watch?v=DnMOCdPIusI- números





 

2) ATIVIDADE  - INDIVIDUAL

Entre no link abaixo, navegue no site-GLÓRIA, CASTELOS, CATEDRAIS, CONTOS, CRUZADAS, HERÓIS, SIMBOLOS, escolha dois temas de pesquisa  para apresentar em sala. Faça a parte escrita com capa padrão para entregar e exponha os temas em sala.

http://gloriadaidademedia.blogspot.com.br/ 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Burrice e ignorância





Burrice e ignorância
O bom asno é sempre bem-vindo, enquanto o 'pernóstico' inteligente é olhado de esguelha
A burrice é diferente da ignorância. A ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza (Nelson Rodrigues).
A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se fecha.
O ignorante se abre e o burro esperto aproveita...A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status de sabedoria, porque com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um simplismo salvador. Os grandes burros têm uma confiança em si que os ignorantes não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade.
A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Os burros são potentes, militantes, têm fé em si mesmos e têm a ousadia que os inteligentes não têm. Na percentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No caso da política, a ignorância forma um contingente imenso de eleitores, e sua ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais ignorantes melhor. Já pensaram se a ignorância diminuísse, se os ignorantes fossem educados? Que fariam os senhores feudais do Nordeste em cidades tomadas como Murici ou o município rebatizado de cidade Edson Lobão, antiga Ribeirinha? A ignorância do povo é um tesouro; lá, são recrutados os utilíssimos “laranjas” para a boa circulação das verbas tiradas dos fundos de pensão e empresas públicas.
Como é o “design” da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer dúvida de fora para dentro, é uma escuridão interna desejada, é o ódio a qualquer diferença, a qualquer luz que possa clarear a deliciosa sombra onde vivem. O burro é sempre igual a si mesmo, a burrice é eterna como a Pedra da Gávea (NR). De certa forma eu invejo os burros. Como é seu mundo? Seu mundo é doce e uno, é uma coisa só. O burro sofre menos, encastela-se numa só ideia e fica ali, no conforto, feliz com suas certezas. O burro é mais feliz.
A burrice não é democrática, porque a democracia tem vozes divergentes, instila dúvidas e o burro não tem ouvidos. O verdadeiro burro é surdo. E autoritário: quer enfiar burrices à força na cabeça dos ignorantes. O sujeito pode ser culto e burro. Quantos filósofos sabem tudo de Hegel ou Espinoza e são bestas quadradas? Seu mundo tem três ou quatro verdades que ele chupa como picolés. O burro dorme bem e não tem inveja do inteligente, porque ele “é” o inteligente.
Mesmo inconscientemente, aqui e lá fora, a sociedade está faminta de algum tipo de autoritarismo. A democracia é mais lenta que regimes autoritários. Sente-se um vazio com a democracia — ela decepciona um pouco as massas. Assim, apelos populistas, a invenção de “inimigos” do povo, divisão entre “bons” e “maus” surtem efeito. Surge, na política, a restauração alegre da burrice. Isso é internacional. Bush se orgulhava de sua burrice. Uma vez ele disse em Yale: “Eu sou a prova de que os maus estudantes podem ser presidentes dos USA”. E, aí, invadiu o Iraque e escangalhou o Ocidente. E está impune, quando deveria estar em cana perpétua. Aqui, também assistimos à vitória da testa curta, o triunfo das toupeiras.
O bom asno é sempre bem-vindo, enquanto o “pernóstico” inteligente é olhado de esguelha. A burrice organiza o mundo: princípio, meio e fim. A burrice dá mais ibope, é mais fácil de entender. A burrice dá mais dinheiro; é mais “comercial”.
....
No Brasil, há uma grande fome de “regressismo,” de voltar para a “taba” ou para o casebre com farinha, paçoca e violinha. E daí viria a solidariedade, a paz, num doce rebanho político que deteria a marcha das coisas do mundo, do mercado voraz, das pestes e, claro, dos “canalhas” neoliberais. É a utopia de cabeça para baixo, o culto populista da marcha à ré.
Nosso grande crítico literário Agripino Grieco tinha frases perfeitas sobre os burros. “A burrice é contagiosa; o talento não” ou “Para os burros, o ‘etc’ é uma comodidade...” ou “Ele não tem ouvidos, tem orelhas e dava a impressão de tornar inteligente todos os que se avizinhavam dele”, “Passou a vida correndo atrás de uma ideia, mas não conseguiu alcançá-la”, “Ele é mais mentiroso que elogio de epitáfio”, “No dia em que ele tiver uma ideia, morrerá de apoplexia fulminante”.
Vi na TV um daqueles bispos de Jesus, de terno e gravata, clamando para uma multidão de fiéis: “Não tenham pensamentos livres; o Diabo é que os inventa!”. Entendi que a liberdade é uma tortura para desamparados. Inteligência é chata; traz angústia, com seus labirintos. Inteligência nos desorganiza; burrice consola. A burrice é a ignorância ativa, é a ignorância com fome de sentido.
Nosso futuro será pautado pelos burros espertos, manipulando os pobres ignorantes. Nosso futuro está sendo determinado pelos burros da elite intelectual numa fervorosa aliança com os analfabetos.
Como disse acima, a liberdade é chata, dá angústia. A burrice tem a “vantagem“ de “explicar” o mundo...

Arnaldo Jabor